A cirurgia para artrodese de coluna é um procedimento cirúrgico que visa unir dois ou mais segmentos da coluna vertebral para impedir o movimento excessivo e aliviar a dor. A principal indicação desse procedimento é a estabilização de áreas da coluna afetadas por doenças degenerativas, lesões ou deformidades. Entre as condições que podem exigir essa cirurgia estão a hérnia de disco, espondilolistese, escoliose e outros problemas que afetam a estrutura da coluna.
Essa cirurgia é recomendada quando métodos conservadores, como fisioterapia, medicação ou injeções, não proporcionam alívio suficiente. O procedimento envolve a fusão dos ossos vertebrais com o uso de enxertos ósseos e, em alguns casos, instrumentos metálicos, como parafusos e placas, para garantir a estabilidade da coluna.
Embora seja um procedimento invasivo, a artrodese de coluna é considerada eficaz para melhorar a qualidade de vida dos pacientes, principalmente aqueles que sofrem com dor crônica incapacitante. A recuperação pode ser longa, mas os resultados a longo prazo geralmente compensam, especialmente em pacientes que seguem adequadamente o plano de reabilitação pós-operatória.
Entender os benefícios, os riscos e os sinais de que a cirurgia para artrodese de coluna é necessária é essencial para tomar uma decisão informada. Consultar um neurocirurgião especializado é o primeiro passo para determinar se este é o procedimento certo para o seu caso.
A cirurgia para artrodese de coluna é realizada sob anestesia geral e pode ser feita de forma aberta ou minimamente invasiva, dependendo da complexidade do caso. O cirurgião faz uma incisão na área da coluna afetada para acessar as vértebras. Em seguida, os discos intervertebrais danificados são removidos, e enxertos ósseos são inseridos entre as vértebras. Esses enxertos podem ser retirados do próprio paciente (autoenxerto) ou de um doador (aloenxerto), ou ainda serem materiais sintéticos.
Para garantir a estabilidade da fusão, o cirurgião pode usar parafusos, hastes ou placas metálicas que mantêm as vértebras no lugar enquanto ocorre a fusão óssea. Esse processo de fusão pode levar alguns meses, durante os quais as vértebras se solidificam formando uma única estrutura óssea.
Em cirurgias minimamente invasivas, são usadas pequenas incisões e técnicas guiadas por imagem, como a fluoroscopia, o que resulta em menor tempo de recuperação e menos dor no pós-operatório. No entanto, a técnica a ser utilizada dependerá da condição do paciente e da extensão do dano à coluna.
A cirurgia para artrodese de coluna é indicada quando há instabilidade na coluna causada por degeneração, trauma ou deformidade. As principais condições que podem justificar a cirurgia incluem:
Além disso, pacientes que apresentam sintomas como fraqueza nas pernas, dificuldade para caminhar ou perda de controle urinário e fecal, associados à compressão nervosa, podem precisar da cirurgia. A decisão por fazer a artrodese deve ser baseada em uma avaliação clínica detalhada e em exames de imagem, como a ressonância magnética e a tomografia computadorizada.
Sim, a cirurgia para artrodese de coluna tem riscos, como qualquer procedimento cirúrgico. Complicações potenciais incluem infecção, hemorragia, lesões nervosas, coágulos sanguíneos e reações adversas à anestesia. Uma complicação específica dessa cirurgia é a pseudoartrose, que ocorre quando os enxertos ósseos não se fundem corretamente, resultando na falha da fusão vertebral.
Outro risco é a perda de mobilidade na área da coluna onde a fusão foi realizada, uma vez que as vértebras não terão mais movimento. Em alguns casos, isso pode aumentar o estresse em outras partes da coluna, levando a problemas futuros em vértebras adjacentes. No entanto, esses riscos são minimizados quando a cirurgia é realizada por um neurocirurgião experiente, e os pacientes seguem as orientações pós-operatórias corretamente.
Embora a cirurgia para artrodese de coluna tenha seus riscos, não é considerada uma cirurgia perigosa quando feita por um profissional qualificado. A maioria dos pacientes se recupera bem e experimenta uma melhora significativa na dor e na função após o procedimento. Complicações graves são raras, e a maior parte dos riscos pode ser evitada com cuidados adequados durante o pré e pós-operatório.
Pacientes que apresentam boas condições de saúde, seguem rigorosamente as orientações médicas e fazem fisioterapia adequada geralmente apresentam resultados satisfatórios a longo prazo. É essencial discutir todas as preocupações e expectativas com o neurocirurgião antes de tomar a decisão pela cirurgia.
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