Dr. Felipe Calmon - Neurocirurgião

Dr. Felipe Calmon • 15 de janeiro de 2024

Enxaqueca pode dar AVC?

Enxaqueca pode dar AVC

Não diretamente, apenas pessoas que sofrem de enxaqueca com aura, têm um risco ligeiramente aumentado de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). No entanto, os sintomas de cada paciente devem ser avaliados individualmente.

A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça que pode ser bastante severa e debilitante. Ela é frequentemente acompanhada de sintomas como náuseas, vômitos e sensibilidade à luz e ao som. Um aspecto menos conhecido da enxaqueca é seu potencial relacionamento com o acidente vascular cerebral (AVC).


Estudos têm mostrado que pessoas que sofrem de enxaqueca com aura - um tipo específico de enxaqueca caracterizado por sintomas visuais como flashes de luz ou pontos cegos antes da dor de cabeça - têm um risco ligeiramente aumentado de AVC. A aura atua como um sinal de aviso, indicando mudanças no cérebro que precedem a dor de cabeça.


As razões exatas para essa ligação ainda não são completamente entendidas, mas acredita-se que mudanças na circulação sanguínea do cérebro, típicas durante uma enxaqueca, possam contribuir para o risco aumentado. Durante uma enxaqueca, certos vasos sanguíneos no cérebro podem se estreitar (vasoconstrição), o que pode levar a uma redução temporária no fluxo sanguíneo. Esse fenômeno poderia, em teoria, desencadear um AVC, especialmente em indivíduos que já possuem fatores de risco para doenças vasculares.


Além disso, a enxaqueca está frequentemente associada a outros fatores de risco para AVC, como hipertensão, diabetes, e hábitos de vida pouco saudáveis, como o tabagismo. Todos esses fatores, combinados com a própria enxaqueca, podem aumentar significativamente o risco de um indivíduo sofrer um AVC.


É importante enfatizar que, embora exista uma correlação entre enxaqueca, especialmente com aura, e o risco de AVC, a maioria das pessoas com enxaqueca nunca terá um AVC. No entanto, indivíduos com enxaqueca frequente, especialmente aqueles com aura, devem discutir seu risco com um profissional de saúde e trabalhar para controlar outros fatores de risco para doenças vasculares.

Quando a dor de cabeça pode ser um AVC? 

A dor de cabeça pode ser um sinal de Acidente Vascular Cerebral (AVC) em algumas situações específicas. É importante estar atento a certos sinais que podem indicar que uma dor de cabeça não é apenas uma questão menor, mas algo mais sério como um AVC. Entre os principais sinais e sintomas que podem sinalizar o quadro, estão:

Início Súbito

Uma dor de cabeça que começa de forma muito súbita e intensa, muitas vezes descrita como a "pior dor de cabeça da vida" da pessoa, pode ser um sinal de um AVC ou de uma hemorragia cerebral.

Mudanças no Padrão

Se você normalmente tem dores de cabeça, mas percebe mudanças significativas no padrão dessas dores, como uma intensidade, frequência ou tipo de dor diferentes, isso pode ser um sinal de alerta.

Sintomas Associado

A dor de cabeça que ocorre junto com outros sintomas neurológicos pode ser preocupante. Estes incluem fraqueza ou dormência em um lado do corpo, dificuldade para falar ou entender, problemas de visão, desequilíbrio ou dificuldade para andar.

Idade e Fatores de Risco

Pessoas mais velhas e aquelas com fatores de risco para AVC, como hipertensão, diabetes, histórico de tabagismo, ou doenças cardíacas, devem ter uma preocupação maior com dores de cabeça súbitas e severas.

Duração e Intensidade

Dores de cabeça que são intensas e duram mais do que o habitual também podem ser um sinal de alerta.

Qual a diferença entre a dor de enxaqueca e AVC?

A enxaqueca e o Acidente Vascular Cerebral (AVC) são condições médicas que podem apresentar sintomas semelhantes, mas têm causas e características muito diferentes.


A enxaqueca é uma condição neurológica crônica que se caracteriza por episódios recorrentes de dores de cabeça, geralmente de intensidade moderada a severa. A dor é frequentemente descrita como pulsátil ou latejante e costuma ser unilateral, afetando apenas um lado da cabeça. 


Outros sintomas comuns incluem sensibilidade à luz e ao som, náuseas e, em alguns casos, distúrbios visuais conhecidos como "aura". A enxaqueca é causada por uma combinação de fatores genéticos e ambientais, que afetam os mecanismos químicos e nervosos do cérebro.


Por outro lado, o AVC é uma emergência médica que ocorre quando o fornecimento de sangue para uma parte do cérebro é interrompido ou reduzido, impedindo que o tecido cerebral receba oxigênio e nutrientes. 


Existem dois tipos principais de AVC: isquêmico, causado por um bloqueio em uma artéria cerebral, e hemorrágico, causado por um vazamento ou ruptura de um vaso sanguíneo no cérebro. Os sintomas do AVC incluem fraqueza súbita ou dormência em um lado do corpo, confusão, dificuldade para falar ou entender, perda de visão em um ou ambos os olhos, dor de cabeça severa sem causa conhecida, entre outros.


Enquanto a dor de cabeça na enxaqueca é normalmente o principal sintoma e pode durar várias horas ou até dias, a dor de cabeça no AVC, se presente, é frequentemente acompanhada de outros sintomas neurológicos graves e de início súbito.


É importante ressaltar que, apesar das semelhanças nos sintomas, a enxaqueca e o AVC são condições muito diferentes, com abordagens de tratamento e prognósticos distintos. No caso de sintomas de AVC, é essencial buscar atendimento médico imediato, pois o tratamento precoce é crucial para reduzir os danos ao cérebro e melhorar os resultados.

Como evitar a evolução da enxaqueca aura para AVC?

Para evitar a evolução da enxaqueca aura para um AVC, o paciente pode abordar algumas medidas preventivas:

Controle da Enxaqueca

Manter a enxaqueca bem controlada pode ajudar a diminuir o risco de complicações, incluindo o AVC. Isso pode incluir o uso de medicamentos preventivos e tratamentos para aliviar os sintomas durante os episódios de enxaqueca.

Evitar Fatores de Risco para AVC

Fatores de risco para AVC incluem hipertensão, diabetes, colesterol alto, tabagismo e obesidade. Controlar esses fatores, seja através de mudanças no estilo de vida ou medicamentos, pode ajudar a reduzir o risco.

Estilo de Vida Saudável

Manter um estilo de vida saudável é crucial. Isso inclui uma dieta equilibrada, exercícios físicos regulares, manutenção de um peso saudável, limitação do consumo de álcool e abstenção do tabagismo.

Monitoramento Regular da Saúde

Consultas regulares com profissionais de saúde podem ajudar a monitorar condições que aumentam o risco de AVC, como pressão alta e problemas cardíacos.

Tratamento de Transtornos Associados

Transtornos como depressão e ansiedade, que podem estar associados à enxaqueca, também devem ser tratados, pois podem influenciar indiretamente o risco de AVC.

Atenção a Sinais de Alerta

Reconhecer e responder a sinais de alerta de AVC, como fraqueza súbita, dificuldade para falar, perda de visão ou dor de cabeça severa, é vital. Em caso de suspeita de AVC, procurar atendimento médico imediato é crucial.

Consultas Médicas Regulares

Manter um diálogo aberto com seu médico sobre a enxaqueca e os riscos associados, ajustando o tratamento conforme necessário, é uma parte importante da prevenção.

O que fazer em caso de suspeita de AVC?

Em caso de suspeita de Acidente Vascular Cerebral (AVC), é crucial agir rapidamente para aumentar as chances de recuperação e minimizar os danos. O AVC ocorre quando o fluxo sanguíneo para uma parte do cérebro é interrompido, causando a morte das células cerebrais. Existem dois tipos principais de AVC: isquêmico, causado por um bloqueio nas artérias que levam ao cérebro, e hemorrágico, causado por um sangramento no cérebro.


Em caso de suspeita de AVC use o método FAST para reconhecer os sinais de AVC:



  • Peça à pessoa para sorrir: O sorriso está torto ou um lado do rosto está caído?
  • Peça para que a pessoa levante ambos os braços: Ela consegue? Há fraqueza ou dormência em um dos braços?
  • Peça para a pessoa repetir uma frase simples: A fala está arrastada ou estranha?



Se você observar qualquer um desses sinais, é hora de agir rapidamente. Ligue para a Emergência imediatamente: Não espere para ver se os sintomas desaparecem. O tempo é crucial no tratamento do AVC. Informe ao operador que você suspeita de um AVC.


Enquanto aguarda a ajuda, anote a hora em que os primeiros sintomas apareceram e observe qualquer mudança nos sintomas.


Não administre nenhum medicamento, pois alguns podem piorar a condição, especialmente no caso de AVC hemorrágico.


Se a pessoa estiver consciente, ajude-a a se deitar em uma posição confortável e segura. Se estiver inconsciente, posicione-a de lado, com a cabeça ligeiramente elevada, se possível, para manter as vias aéreas abertas.


Evite dar comida ou bebida, pois pode haver dificuldade para engolir.


Tente manter a calma e confortar a pessoa enquanto espera pela ajuda médica.


Quando a equipe médica chegar, forneça todas as informações possíveis sobre os sintomas, o momento em que começaram e quaisquer condições de saúde conhecidas da pessoa.

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